Literatura é assim:
Diversas motivações, diversos
assuntos.
Iria manter comigo, minha esposa falou que
deveria publicar.
Pelo sim e pelo não, reparto.
Wagner
SOLIDÃO
EM RÉ
MAIOR
401
Aldeia global
conectada
Todos ligados nas
redes
Contatos pessoais
e em massa
Material
abundante pra matar as sedes.
E os amigos que
antes se falavam
Os contatos que
eram pessoais
Para onde
migraram, para onde mudaram,
Saíram da vida ou
voltaram pros pais?
O mundo é sozinho
e os mortos vivos vagueiam na rede.
Um monte de lixo,
conteúdo demente.
Não há seriedade,
não há sobriedade,
Não há
relevância, só existe ganância.
Quero mais! Quero
mais! A mente não se sacia,
Preciso de mais,
só um pouco não satisfaria!
E assim anda o
mundo, fervendo de dados,
Vazio de
conteúdo, gerando maus fatos.
Preciso voltar ao
meu ponto de partida.
Dar marcha-à-ré,
descer a subida.
Cheguei ao
limite, não suporto tanta bobagem;
Preciso de vida,
não preciso de miragem!
As coisas de
baixo não satisfazem a alma.
Só causam
desgosto, só tiram a calma.
Um pensar
relevante, que construa um futuro
Foi banido da
mente, foi tirado do mundo.
Perdi meus
amigos, sumiram meus conhecidos,
Só vejo contatos,
apagados e sumidos.
Luz verde acesa,
mas coração apagado;
Luz cinza ligada,
mais um sem contato.
Solidão absurda
num mundo lotado,
Tantas pontes que
surgem num horizonte murado.
Chega! Basta!
Estou voltando no tempo:
Não vou mais tão
rápido, quero agora ser lento.
Quero horas
completas, com minutos e segundos,
Quero dias
completos, com momentos profundos.
Quem quer ser
amigo que me procure e encontre,
E quem se perdeu
no virtual do horizonte,
Que também busque
um rumo, que também desça o monte,
E lá na baixada
fará o desmonte:
Um retorno ao
real, a amizade na fonte!
Wagner Antonio de
Araújo
06/02/2017
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