AMIGO
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Amigo - palavra
fácil de dizer e difícil de viver!
Um amigo é tão
raro quanto um trevo de quatro folhas.
Há tempos em que
as pessoas nos sufocam de tantos cuidados: telefonemas, e-mails, recados em
redes sociais, visitas, anúncios, principalmente quando se ocupa algum cargo
executivo, alguma função profissional importante ou algum ministério cristão que
apareça. São muitos quando temos dinheiro, quando temos influência, quando temos
algo do que as pessoas precisam.
Em outros tempos
tais amigos desaparecem. O telefone não toca, os e-mails diminuem, os recados em
redes sociais são clichês, chavões e frases usuais. As visitas só aparecem
quando precisam de algo; do contrário, desaparecem. Quando envelhecemos, nos
aposentamos, nos mudamos de cidade, de igreja, os amigos parecem que já nos
deixaram junto ao túmulo do "aqui jaz um amigo que se
foi".
Mas há um amigo
- um amigo legítimo, fiel, leal e que fica quando todos vão embora, cujo contato
não é dimensionado no tempo e no espaço, mas na alma e no coração. Um amigo
preterido quando temos muitos amigos, e lembrado quando a solidão se apresenta.
Um amigo que continuará esquecido, caso escolhamos o caminho da tristeza e
decepção (normal para quem se surpreende com as falsas amizades), mas que se
deixa encontrar, caso o busquemos definitivamente e de
coração.
E essa amizade
começa na contrição de uma alma que o busca, que o invoca, que o deseja, que lhe
dedica atenção. Ele, cortês e sério, não se deixa seduzir pelo vazio em nosso
ser que o busca subitamente nas horas de melancolia e de carência. Ele bem
conhece a natureza humana e sabe que tal busca não passa de emoção ferida e
preenchimento do espaço até que novos amigos surjam para nós. Ele não se deixa
iludir e sabe que não estamos em busca de sua amizade. Ele, que conhece o
coração humano, não serve de apetrecho, assessório ou estepe para preencher as
nossas decepções.
Somente quando
reconhecemos que ele teria que ser a primeira e mais leal amizade, o amigo mais
chegado que um irmão e a prioridade número um para todos os dias, tanto os dias
em que não temos ninguém quanto os dias em que temos muitos amigos, então Ele se
deixa encontrar, correspondendo de forma positiva, presente e integral a essa
amizade sincera e verdadeira. Ele sabe avaliar quais são as nossas sinceras
expectativas. E se forem de consciência, de mudança de valores e de recolocação
perpétua dele em primeiro lugar, mesmo que outros amigos surjam, então tal
amizade transformará radicalmente a nossa vida. Porque Ele, melhor amigo e
sempre presente, sabe interagir de forma completa aos estímulos de nosso
compartilhamento. Ele se dá nessa relação como socorro bem presente na hora da
solidão.
Jesus é o
verdadeiro amigo, o primeiro, de quem quaisquer outras amizades que porventura
tenhamos terão que ser secundárias. Se tivermos que optar por um dos dois, Jesus
será a escolha. Essa é a verdadeira e legítima amizade. Ele jamais nos deixa
sós. E nós só aprendemos essa verdade quando perdemos muitos amigos ou quando
temos que optar por Ele ou pelos outros. Quase sempre ficamos com os outros. Mas
só o encontramos como o verdadeiro amigo quando o tornamos a nossa escolha
definida e permanente. Daí, sim, vale a pena!
Quem tem esse
amigo sabe ser bom para com outros amigos. Sabe ser leal. Quem tem Jesus como
amigo torna-se amigo de quem desejar e sabe ser leal. Jesus nos
faz melhores!
Wagner Antonio
de Araújo